Inicialmente devemos estabelecer um bom
"rapport" ("entrar em sintonia") com o paciente. É
necessário saber questionar com paciência e respeito, ouvindo e demonstrando
interesse. Precisamos validar as informações trazidas pelo paciente, ou seja,
ele precisa perceber que acreditamos em sua história e que valorizamos e
entendemos seus sentimentos e necessidades. Para isto é importante ter toda a
atenção voltada ao paciente, percebê-lo emocionalmente, estar, metaforicamente,
"dentro da sua pele", estar em sintonia com seu ritmo (o que
significa não "atropelá-lo"), estar atento ao seu tempo, e também
buscar uma sintonia afetiva com o mesmo, de modo a que ele sinta no médico
alguém que sabe o que ele está sentindo. Algumas das necessidades das pessoas
quando buscam um relacionamento e que são fundamentais na relação
médico-paciente:
· Segurança:
é a necessidade de se sentir seguro em relação ao outro. O paciente precisa ter
certeza de que encontrará no médico alguém que possa dar proteção às suas
necessidades, podendo, sem medo, expor-se física e psicologicamente.
· Validação:
é a afirmação da importância da pessoa dentro de um relacionamento. É
importante, para o paciente, que suas necessidades sejam reconhecidas como
verdadeiras e aceitas pelo médico.
· Aceitação:
é a necessidade de o paciente sentir-se aceito por uma outra pessoa estável,
confiável e protetora, presente na figura do médico.
· Confirmação da experiência pessoal:
é o desejo de estar à frente de alguém que é semelhante, que compreende, como
se tivesse vivido situações parecidas.
· Auto definição:
é a necessidade de reconhecimento e aceitação da própria identidade,
percebendo, então, que o médico o reconhece como indivíduo e aceita a sua
história.
· Impacto sobre a outra pessoa:
é a necessidade de que, na relação, a outra pessoa se sensibilize; é o paciente
ver que o médico não está distante e insensível. Demonstrar compaixão se o
paciente está triste, fornecer proteção e segurança se ele está assustado,
leva-lo a sério se está com raiva, ou compartilhar se o mesmo está alegre.
· Iniciativa:
estar diante de alguém que toma iniciativas, indicando caminhos, telefonando,
se necessário, para ter notícias, etc.
Todas essas necessidades podem ser resumidas no
anseio que todos temos por afeto. É importante que o médico saiba expressar
compaixão para com o paciente. Também é importante que o médico saiba aceitar a
expressão de reconhecimento que seus pacientes manifestam através de gestos que
simbolizem agradecimento ou afeto. Outro passo importante é saber avaliar as
expectativas do paciente em relação ao médico, a si mesmo e à doença, e
procurar saber o grau de entendimento do paciente sobre sua doença.
O
que aprendi:
Aprendi que o paciente deve ser tratado como um todo
e que há aspectos que devemos considerar para que possamos passar uma imagem de
atenção e acolhimento para com o mesmo. Realizamos uma entrevista na sala de
aula onde representamos um paciente e um medico, da forma em que na primeira
encenação o ruído e o estereotipo cultural de que o medico é um ‘deus’ se
encontro presente no paciente e que o profissional da saúde não fez questão de
mudar tal imagem. Já na segunda encenação se pode observar que a cultura do
segundo paciente era de uma cultura um tanto simples e que a comunicação verbal
com o profissional da saúde era um tanto difícil, e o profissional em si fez
com que o paciente se sentisse acolhido pelo mesmo, fazendo com que o paciente
entendesse os procedimentos e tratamentos da sua respectiva doença. Pode-se
observar que o medico que se centra em ajudar o paciente como um todo em vez de
ajuda-lo apenas de uma forma de tratamento de sua doença tem mais chances de se
fazer com que o paciente confie no profissional e aceite os tratamentos
sugeridos.
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