domingo, 29 de abril de 2012

Entrevista centrada no paciente 13/03



Inicialmente devemos estabelecer um bom "rapport" ("entrar em sintonia") com o paciente. É necessário saber questionar com paciência e respeito, ouvindo e demonstrando interesse. Precisamos validar as informações trazidas pelo paciente, ou seja, ele precisa perceber que acreditamos em sua história e que valorizamos e entendemos seus sentimentos e necessidades. Para isto é importante ter toda a atenção voltada ao paciente, percebê-lo emocionalmente, estar, metaforicamente, "dentro da sua pele", estar em sintonia com seu ritmo (o que significa não "atropelá-lo"), estar atento ao seu tempo, e também buscar uma sintonia afetiva com o mesmo, de modo a que ele sinta no médico alguém que sabe o que ele está sentindo. Algumas das necessidades das pessoas quando buscam um relacionamento e que são fundamentais na relação médico-paciente:
· Segurança: é a necessidade de se sentir seguro em relação ao outro. O paciente precisa ter certeza de que encontrará no médico alguém que possa dar proteção às suas necessidades, podendo, sem medo, expor-se física e psicologicamente.

· Validação: é a afirmação da importância da pessoa dentro de um relacionamento. É importante, para o paciente, que suas necessidades sejam reconhecidas como verdadeiras e aceitas pelo médico.


· Aceitação: é a necessidade de o paciente sentir-se aceito por uma outra pessoa estável, confiável e protetora, presente na figura do médico.

· Confirmação da experiência pessoal: é o desejo de estar à frente de alguém que é semelhante, que compreende, como se tivesse vivido situações parecidas.


· Auto definição: é a necessidade de reconhecimento e aceitação da própria identidade, percebendo, então, que o médico o reconhece como indivíduo e aceita a sua história.

· Impacto sobre a outra pessoa: é a necessidade de que, na relação, a outra pessoa se sensibilize; é o paciente ver que o médico não está distante e insensível. Demonstrar compaixão se o paciente está triste, fornecer proteção e segurança se ele está assustado, leva-lo a sério se está com raiva, ou compartilhar se o mesmo está alegre.


· Iniciativa: estar diante de alguém que toma iniciativas, indicando caminhos, telefonando, se necessário, para ter notícias, etc.
Todas essas necessidades podem ser resumidas no anseio que todos temos por afeto. É importante que o médico saiba expressar compaixão para com o paciente. Também é importante que o médico saiba aceitar a expressão de reconhecimento que seus pacientes manifestam através de gestos que simbolizem agradecimento ou afeto. Outro passo importante é saber avaliar as expectativas do paciente em relação ao médico, a si mesmo e à doença, e procurar saber o grau de entendimento do paciente sobre sua doença.

O que aprendi:
Aprendi que o paciente deve ser tratado como um todo e que há aspectos que devemos considerar para que possamos passar uma imagem de atenção e acolhimento para com o mesmo. Realizamos uma entrevista na sala de aula onde representamos um paciente e um medico, da forma em que na primeira encenação o ruído e o estereotipo cultural de que o medico é um ‘deus’ se encontro presente no paciente e que o profissional da saúde não fez questão de mudar tal imagem. Já na segunda encenação se pode observar que a cultura do segundo paciente era de uma cultura um tanto simples e que a comunicação verbal com o profissional da saúde era um tanto difícil, e o profissional em si fez com que o paciente se sentisse acolhido pelo mesmo, fazendo com que o paciente entendesse os procedimentos e tratamentos da sua respectiva doença. Pode-se observar que o medico que se centra em ajudar o paciente como um todo em vez de ajuda-lo apenas de uma forma de tratamento de sua doença tem mais chances de se fazer com que o paciente confie no profissional e aceite os tratamentos sugeridos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário